A mudança na política de patrocínio da Cassi pelo Banco do Brasil e seus impactos

A recente mudança na política de patrocínio da Cassi pelo Banco do Brasil, especialmente após a Reforma Estatutária de 2019, tem colocado em xeque o princípio de solidariedade que sempre foi fundamental para a instituição. Com o fim do patrocínio do Banco quando da aposentadoria dos funcionários admitidos a partir de 2018, surge um cenário preocupante. Os funcionários do BB, diante da perspectiva de perder benefícios significativos, podem sentir-se compelidos a prolongar sua vida ativa.

A recente mudança na política de patrocínio da Cassi pelo Banco do Brasil, especialmente após a Reforma Estatutária de 2019, tem colocado em xeque o princípio de solidariedade que sempre foi fundamental para a instituição. Com a introdução da contribuição por dependente e a cessação do patrocínio do Banco quando da aposentadoria dos funcionários admitidos a partir de 2018, surge um cenário preocupante. Os funcionários do BB, diante da perspectiva de perder benefícios significativos como a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição, e o patrocínio no plano de saúde ao se aposentarem, podem sentir-se compelidos a prolongar sua vida laboral ativa no BB.

Essa decisão não apenas afeta a saúde e o bem-estar dos funcionários mais idosos, tornando-os vulneráveis a exclusões e a uma pressão de trabalho insustentável, mas também representa um desafio para a organização. Funcionários que permanecem na ativa por necessidade, e não por escolha, podem enfrentar dificuldades em manter o ritmo de trabalho exigido.

O BB tem feito programas de demissão voluntária para substituir funcionários de custo de folha de pagamento maior. Na expectativa de pagar dívidas, muitos funcionários demissionários saem, mas os que ficam, o que mais pesa é o direito a uma aposentadoria privada digna e um plano de saúde vitalício. Esse cenário destaca uma questão crítica que nós das Chapas 4 e 77 defendemos: a necessidade de reavaliar as políticas de patrocínio para assegurar que a Cassi continue sendo um pilar de apoio e solidariedade para todos os seus membros, independente da idade.

A política de patrocínio do Banco do Brasil a todos os funcionários aposentados não é apenas uma estratégia positiva, mas também sustentável para a instituição. Ao garantir esse suporte, o banco fomenta um ambiente de trabalho onde o engajamento, a dedicação e o senso de pertencimento florescem. Funcionários que sentem o banco como parte integrante de suas vidas tendem a "vestir a camisa" com mais vigor, dedicando-se não apenas às suas tarefas cotidianas, mas também à visão e aos valores da empresa. Este compromisso de longo prazo com seus colaboradores cria uma cultura organizacional rica em solidariedade, onde cada membro se sente valorizado e apoiado, não apenas durante sua carreira ativa, mas também após a aposentadoria.

Manter o patrocínio aos aposentados é, portanto, um investimento no capital humano do banco, cultivando uma família corporativa unida onde o bem-estar de cada um é prioridade. Este enfoque não apenas eleva a produtividade, mas também fortalece a lealdade e o compromisso dos funcionários, aspectos intangíveis que se traduzem em resultados tangíveis para o banco. Em última análise, uma política inclusiva e abrangente de patrocínio aos aposentados reflete um reconhecimento da importância de cada indivíduo na construção de uma organização bem-sucedida e humanizada, onde a solidariedade é a chave para a prosperidade compartilhada.

Nós, das chapas 4 e 77, defendemos a importância de manter a Cassi como um projeto coletivo sustentável, onde a solidariedade não apenas sobrevive, mas floresce. Isso requer uma abordagem que considere as necessidades e o bem-estar de todos os funcionários, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo e justo. É imperativo que políticas e práticas reflitam um compromisso com o cuidado integral dos funcionários, garantindo que a aposentadoria seja um direito acessível sem comprometer a saúde ou a segurança financeira dos nossos colegas mais experientes.

Práticas de assédio moral e uma visão restrita sobre o bem-estar dos funcionários tem comprometido a saúde e provocado sofrimento entre os funcionários. Há um estado de apreensão, de que o BB, no futuro, poderá vir a reduzir o seu compromisso com o financiamento da Cassi, negligenciando a importância de investir na saúde dos trabalhadores, essenciais para o sucesso e os resultados da empresa.

Nós, da Chapa 4 e 77, estamos comprometidos em liderar a transformação para uma Cassi mais inclusiva, justa e solidária, mantendo-a como um pilar de apoio inabalável para todos os membros, independentemente da fase da vida em que se encontram. Ao promover políticas que valorizem cada indivíduo, garantindo saúde e segurança financeira pós-aposentadoria, não só preservamos o legado de solidariedade da Cassi, mas também construímos um futuro onde cada funcionário se sente parte de uma família corporativa maior, engajada e dedicada. Com otimismo e determinação, unimos forças no movimento "Em Defesa da Cassi Solidária", confiantes de que, juntos, podemos assegurar uma Cassi que floresça como um modelo de cuidado e cooperação, beneficiando todos os seus associados e refletindo o verdadeiro espírito de comunidade e pertencimento.